terça-feira, 30 de abril de 2013

O papel dos cromossomos e dos hormônios na construção da sexualidade


Cromossomos
São formados estruturas formadas por longas moléculas de DNA e que estão presentes nos núcleos das células do corpo.

Genes
São pedaços da molécula de DNA que orientam a produção de determinadas enzimas que por sua vez vão determinar a manifestação das características hereditárias.

Células somáticas
São as células do corpo em geral e nelas os cromossomos formam pares dentro do núcleo.
Nos humanos as células somáticas apresentam 46 cromossomos em 23 pares e são chamadas diplóides (2n=46). Um destes pares é o par de cromossomos sexuais.

Conjunto de cromossomos no homem
2n=46, sendo 44A+XY. Onde A refere-se aos cromossomos denominados autossomos e XY designa o par de cromossomos sexuais masculinos.

Conjunto de cromossomos nas mulheres
2n=46, sendo 44A+XX. Onde A refere-se aos cromossomos denominados autossomos e XX designa o par de cromossomos sexuais femininos.

Gametas
São as células reprodutivas. O gameta masculino é o espermatozoide e o gameta feminino é o óvulo. E estas células são haplóides (n), ou seja, só têm um cromossomo de cada par.

Óvulo, o gameta feminino
Células germinativas (2n) dos ovários se dividem para produzir óvulos (n).
Os óvulos apresentam 23A+X.

Espermatozoide, o gameta masculino
Células germinativas (2n) dos testículos se dividem para produzir espermatozoides (n).
Os espermatozoides apresentam 23A+X ou 23A+Y.

Menino ou menina?
O sexo é determinado pelo par de cromossomos sexuais.
A fertilização de um óvulo 23A+X por um espermatozoide 23A+X produz uma célula-ovo ou zigoto 44A+XX, que determina a geração de uma criança do sexo feminino e suas células somáticas (do corpo) terão no núcleo o conjunto de cromossomos 44A+XX.
A fertilização de um óvulo 23A+X por um espermatozoide 23A+Y produz uma célula-ovo ou zigoto 44A+XY, que determina a geração de uma criança do sexo masculino e suas células somáticas (do corpo) terão no núcleo o conjunto de cromossomos 44A+XY.




Como ocorre a diferenciação sexual no embrião?

Quando a célula-ovo tem o par de cromossomos sexuais XX as estruturas sexuais embrionárias vão se desenvolver como ovários e demais órgãos femininos.
Quando a célula-ovo tem o par de cromossomos sexuais XY as gônadas embrionárias vão se desenvolver como testículos, que produzem testosterona que vai determinar, junto com outros hormônios, a transformação das estruturas básicas em órgãos masculinos.

Sem a ação da testosterona os órgãos sexuais desenvolvem-se como femininos. Em outras palavras: O sexo feminino é o sexo básico do embrião. Do ponto de vista da biologia evolutiva é também o sexo mais antigo. O sexo masculino pode se desenvolver se algo mais for adicionado: a testosterona e outros hormônios que agem durante a gestação. Em uma linguagem poética ou mitológica: Eva foi criada primeiro e depois o seu Adão dela foi formado.

O hipotálamo
Hipotálamo é a região da base do cérebro que controla importantes funções do organismo, dentre elas o controle da atividade de muitos órgãos e em particular de certas glândulas endócrinas, dentre elas as glândulas sexuais.

O hipotálamo e o sexo
O hipotálamo embrionário é inicialmente feminino e se o par de cromossomos sexuais for XX ele continuará feminino após o nascimento. Por hipotálamo feminino podemos entender um hipotálamo que vai continuar apresentando atividade cíclica e influenciar no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários das meninas. Esta atividade cíclica vai orquestrar aos ciclos menstruais dentre outras funções. A ação dos hormônios femininos vão determinar a feminilização do cérebro.
Se o par de cromossomos sexuais for XY o hipotálamo, os testículos já em desenvolvimento e os hormônios da placenta vão, no embrião, promover o desenvolvimento de órgãos sexuais masculinos e estes hormônios masculinizantes vão alterar a atividade do hipotálamo que passa a não mais apresentar atividade cíclica e a masculinização do cérebro.

Assim o hipotálamo cíclico é o hipotálamo feminino e o hipotálamo acíclico é o hipotálamo masculino. Esta diferença de atividade hipotalâmica vai modular não apenas as características físicas dos indivíduos mas também o comportamento e a auto-identidade sexual.

Transexuais: quando o sexo do corpo e da mente estão trocados

Indivíduos XY que, por qualquer motivo, não apresentam a produção normal de testosterona pelos testículos após o nascimento terão um corpo masculino mas o hipotálamo não vai parar de apresentar atividade cíclica e o comportamento e a auto-identidade serão femininos. Serão transexuais com corpo de homem e psiquismo de mulher.

Indivíduos XX que, por qualquer motivo, apresentem um excesso de produção de hormônios masculinos após o nascimento terão um corpo feminino mas o hipotálamo pára de apresentar atividade cíclica e o comportamento e a auto-imagem serão masculinos. Serão transexuais com corpo de mulher e psiquismo de homem.

Os intersexos
Outros transtornos do desenvolvimento embrionário por má-formação ou por excesso, deficiência ou ausência de produção de hormônios podem determinar os casos de intersexualidade já discutidos em outra postagem deste blog.


Obs.: Este texto é um resumo muito simplificado de um tema muito complexo.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

CLASSIFICAÇÃO DOS CARACTERES SEXUAIS


Antes de vermos uma explicação mais detalhada, apresento aqui um resumo da Classificação dos Caracteres Sexuais:

Para efeitos práticos, podemos classificá-los em três grupos:

Caracteres sexuais primários
Referem-se ao que se pode observar ao nascimento pela observação dos órgãos sexuais externos e que permite determinar se o recém-nascido é menina ou menino.

Caracteres sexuais secundários
São aqueles que se desenvolvem ao longo da puberdade e adolescência e que transformam as meninas em mulheres e os meninos em homens.

Caracteres sexuais terciários
São os aspectos psicológicos e sociais que são incentivados ou desencorajados em indivíduos de cada sexo. Estas características são determinada culturalmente e constituem a masculinidade ou feminilidade da pessoa.

Os caracteres primários e secundários são determinados por fatores biológicos. Os terciários também têm bases biológicas mas sofrem influência de fatores culturais, sociais e familiares. Em outras palavras os fatores terciários podem ser influenciados pelo meio em que vivemos.

Caracteres Sexuais Primários
Durante as primeiras semanas do desenvolvimento embrionário os órgãos sexuais de meninos e meninas são iguais e têm como base a genitália feminina. Ao longo da gravidez os indivíduos XY passam a apresentar um desenvolvimento diferenciado e assim vão surgindo os órgãos reprodutores masculinos. Como partem das mesmas estruturas básicas os órgãos masculinos e femininos são homólogos: a glande do pênis e a glande do clitóris; o corpo do pênis e o corpo do clitóris (sendo a maior parte deste localizados internamente , embora tenham o mesmo tamanho); o escroto e os grandes lábios; os ovários e os testículos; as tubas uterinas e os canais deferentes.

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Caracteres sexuais secundários
Os caracteres sexuais secundários começam a aparecer no início da puberdade, como resultado da estimulação dos hormônios sexuais, e evoluem ao longo dela. Estes caracteres se tornam aparentes primeiro nas meninas e um pouco mais tarde nos meninos. Quando o período de amadurecimento se completa os corpos dos homens e das mulheres apresentam muitas diferenças marcantes.
As mudanças da puberdade podem ocorrer bem lentamente e se estender por mais de uma década ou podem surgir subitamente e se completar em um ou dois anos. Em geral os adolescentes de hoje vivem estas mudanças bem mais cedo do que seus avôs e bisavôs. De fato, nos últimos cem anos a puberdade tem ocorrido cada vez mais cedo em todo o mundo. Mudanças alimentares e das condições ambientais exercem um papel importante no desenvolvimento. É importante notar que os padrões de desenvolvimento variam em diferentes populações. Por exemplo, na Ásia os homens mantêm um corpo pouco musculado e apresentam pouca barba e pelos no corpo que um homem europeu.

No sexo feminino
1. A linha dos cabelos na testa é reta e a mulher tende a manter seus cabelos por toda a vida.
2. Normalmente as mulheres não apresentam desenvolvimento de pelos na face. Algumas poderão apresentar na idade avançada. Os pelos do corpo se restringem às axilas e a linha superior dos pelos pubianos é reta.
3. Aparência: massa muscular mais discreta escondida por uma camada de gordura mais espessa, ombros estreitos e quadris largos, rosto arredondado, mamas desenvolvidas, estatura menor que a dos homens e mãos e pés menores.
4. Passam a menstruar no início da adolescência quando as mamas começam a se desenvolver.
5. A voz continua aguda.

No sexo masculino
1. A linha frontal dos cabelos passam a apresentar as “entradas” e muitos homens têm tendência à calvície.
2. Homens apresentam pelos no rosto e às vezes no peito, que crescem ao longo da vida adulta.
3. Aparência: Estatura maior que a das mulheres; massa muscular mais desenvolvida; ombros largos e quadris estreitos; laringe mais larga e pomo de Adão e pés e mãos maiores.
4. No início da adolescência os meninos começam a ejacular.
5. A voz torna-se paulatinamente mais grave.

Caracteres sexuais terciários
O desenvolvimento do sexo físico começa nas primeiras semanas de gestação e se completa na idade adulta quando se estabelece a completa diferenciação. Da mesma maneira o gênero das pessoas é construído ao longo de um certo período de tempo.
Imediatamente após o nascimento todo bebê tem o sexo determinado pelas características sexuais primárias e externas observáveis. A criança então passará a receber por parte dos familiares, amigos e vizinhos um tratamento de acordo ao sexo determinado. No entanto, se esta determinação de sexo vai se aceita, isto é, se a criança ou adolescente vai realmente aceitá-la, isto é outra questão.
Sabemos que a auto-identidade sexual das crianças ocorre já nos primeiros anos de vida. Ainda assim, a criança pode exteriormente desempenhar o papel desejado sem convicção interior. Assim, uma criança pode desempenhar o papel do sexo feminino, enquanto secretamente se ressente disso. Em outras palavras, uma menina na aparência pode secretamente se identificar como um menino (o inverso também é possível).
Felizmente, para a esmagadora maioria das crianças não existe tal problema. Para eles, o papel de gênero e sua auto-identificação sexual são apenas dois lados da mesma moeda. Em qualquer caso, ao longo dos anos, feminilidade ou masculinidade biológica de cada indivíduo é aumentada pelas dimensões psicossociais de feminilidade e masculinidade. Mais uma vez, este desenvolvimento, que se inicia no momento do nascimento, é bastante reforçado durante a puberdade. Neste momento em particular, espera-se que os adolescentes cresçam como "mulheres reais" ou "homens de verdade".

domingo, 28 de abril de 2013

Os sexos e a intersexualidade


Além do homem e mulher, do masculino e feminino e do homossexual e heterossexual

A visão básica e preponderante da sexualidade

Heterossexuais
São homens e mulheres que apresentam atração e desejo sexual pelo sexo oposto.
Os homens heterossexuais estritos sentem atração e desejo sexual apenas por mulheres.
As mulheres heterossexuais estritas sentem atração e desejo sexual apenas por homens.

Homossexuais
São homens e mulheres que apresentam atração sexual por pessoas do mesmo sexo que eles.
Homens homossexuais estritos sentem atração sexual e desejo sexual apenas por homens.
Mulheres homossexuais estritas sentem atração sexual e desejo sexual apenas por mulheres.

Bissexuais
São homens e mulheres que se encontram numa faixa intermediária entre os extremos da homossexualidade e da heterossexualidade. Podem ter preferência por parceiros do mesmo sexo ou do sexo diferente do seu, mas sentem atração por ambos.

Entre o grupo dos heterossexuais estritos e dos homossexuais estritos existem muitos graus de homo e heterossexualidades relativas. Pessoas que transitam entre os dois polos da sexualidade básica e preponderante.

A questão da intersexualidade

A maioria das pessoas separa os seres humanos em dois sexos – masculino e feminino – e esta visão prevalece a maior parte do tempo. Quando uma criança nasce a primeira pergunta que todos fazem é: “É menino ou menina?” Uma rápida olhada nos seus órgãos sexuais permite que se responda.
Acontece que nem sempre é tão simples assim. Existem casos que a anatomia sexual não é bem definida. É “intermediária”, o que torna difícil a determinação do sexo.
Alguns intermédios apresentam, sob uma inspeção mais detalhada, uma clara preponderância de masculinidade ou feminilidade, o que facilita encontrar uma solução apropriada através de tratamentos cirúrgicos, hormonais e psicológicos que buscam a adequação mais apropriada ao paciente dentro do padrão dual masculino/feminino. Contudo, existem casos complexos, que exigem análises e estudos profundos envolvendo escolhas éticas complicadas. Estas escolhas confrontam não apenas os especialistas, como médicos e psicólogos, mas também os pais e os diretamente interessados: crianças, adolescentes e adultos intersexuais. Assim, recentemente muitos adultos intersexuais começaram a se organizar e a manifestar a frustração pelas escolhas feitas para eles, na sua infância, por seus pais e médicos bem intencionados mas pouco conhecedores. Esta crítica crescente à prática médica tradicional também engloba a crítica a toda a nossa tradição sociocultural que insiste numa clara divisão entre os sexos, considerando e aceitando apenas o masculino e o feminino, e com pouca tolerância a todas as variações existentes “no intermédio”.

O sexo apresenta aspectos físicos e psicológicos.

Os 5 fatores do Sexo Físico

a) Cromossomos sexuais
b) Gônadas ou glândulas sexuais
c) Hormônios sexuais
d) Estruturas internas reprodutivas
e) Órgãos sexuais externos

O Sexo Cromossômico

Típico
As células do corpo feminino têm um par de cromossomos sexuais XX.
As células do corpo masculino têm um par de cromossomos sexuais XY

Atípico
Em casos raros ocorrem exceções problemáticas. Por exemplo, podem ocorrer combinações tais como X, XXY, XYY ou XXX. Indivíduos que nascem com estas combinações cromossômicas excepcionais apresentam vários problemas de desenvolvimento físico e geralmente são inférteis.

O Sexo Gonadal

Típico
O corpo feminino tem ovários, que são as glândulas sexuais femininas.
O corpo masculino tem testículos, que são as glândulas sexuais masculinas.

Atípico
Em casos raros tecido ovariano e testicular são encontrados no mesmo corpo.

O Sexo Hormonal

Típico
As glândulas sexuais produzem os hormônios sexuais masculinos e femininos que desempenham papéis importantes no desenvolvimento do corpo do homem e da mulher e também na modulação dos perfis psicológicos masculino e feminino. Estas influências ocorrem antes do nascimento, na infância, na puberdade, a adolescência e na idade adulta.

Atípico
O excesso, a deficiência ou mesmo ausência de hormônios sexuais influenciam no desenvolvimento e no funcionamento do corpo, que pode levar a uma aparência física atípica, e também podem influenciar o perfil psicológico.

As Estruturas Internas Reprodutivas

Típico
O corpo feminino tem vagina, útero, tubas uterinas e a grande porção interna do clitóris.
O corpo masculino tem canais deferentes, vesículas seminais e próstata.

Atípico
Em casos raros estes órgãos apresentam-se atrofiados ou ausentes.

Órgãos Sexuais Externos

Típico
O corpo feminino tem capucho, glande e corpo do clitóris, pequenos lábios, grandes lábios e abertura vaginal.
O corpo masculino tem pênis e escroto com testículos, epidídimo e canais deferentes.

Atípico
Em casos raros estes órgãos são atrofiados ou ausentes.

Sexo de Educação

Típico
A criança com um corpo feminino será usualmente criada como menina.
A criança com corpo masculino será usualmente criado como menino.

Atípico
Existe a possibilidade de a criança com corpo feminino ser criada como um menino e de a criança com corpo masculino seja criada como menina. Na verdade estas situações ocorrem muito raramente.

Sexo de Auto-identificação

Típico
Uma criança, com um corpo feminino e criada como menina, se considera mulher.
Uma criança, com corpo masculino e criado como menino, se considera homem.

Atípico
Existem casos de crianças com corpo de menina e criadas como meninas que consideram a si mesmas como homens. Da mesma forma existem crianças com corpo de menino e criados como meninos que consideram a si mesmos como mulheres. Estas pessoas são denominadas transexuais.


Aspectos da sexualidade humana

Existem três aspectos básicos da sexualidade humana:

a) O sexo
b) O gênero
c) A orientação sexual

Sexo

O sexo é definido como a feminilidade ou masculinidade da pessoa. É determinado, como já vimos, por critérios físicos: cromossomos sexuais, sexo gonadal (das glândulas sexuais, i.e., ovários e testículos), sexo hormonal, estruturas reprodutivas internas e órgãos sexuais externos.

As pessoas são do sexo feminino ou masculino na medida em que eles se encontram os critérios físicos para a feminilidade ou masculinidade.
A maioria dos indivíduos são claramente homens ou mulheres por todos os cinco critérios físicos. No entanto, não se enquadra nestes critérios e seu sexo é, portanto, ambíguo. Nestes casos falamos em intersexualidade.

Gênero

O gênero é definido como a masculinidade ou a feminilidade da pessoa e é determinado por certas características psicológicas que são incentivadas em um sexo e desestimuladas em outro.
A maioria dos indivíduos associam claramente o gênero adequado ao seu sexo físico.
Existe, entretanto, uma minoria que assume um gênero diferente do seu sexo físico. Estes indivíduos poderão se travestir ou não e nem todo travesti se identifica com um gênero diferente do seu sexo físico. Para um grupo ainda menor esta inversão é completa e temos um caso de transexualismo.

Orientação Sexual

A orientação sexual indica por quais gêneros a pessoa se sente atraída física, romântica e/ou emocionalmente e pode ser assexual (nenhuma atração sexual), heterossexual (atração por pessoas do gênero oposto), homossexual (atração por pessoas do mesmo gênero), bissexual (atração por pessoas dos gêneros masculino e feminino, homo ou heterossexual) e pansexual (atração por pessoas de todos os gêneros já descritos e também por transexuais).

Obs. 1: O travestismo (travestis ou crossdressers) não está relacionado com a orientação sexual. Assim, o travesti pode ser assexuado, homossexual, heterossexual ou bissexual.

Obs. 2: Os travestis podem ou não se submeter a tratamentos hormonais, cirúrgicos ou estéticos para modificar o corpo. Os crossdressers na grande maioria não modificas o corpo.

Obs. 3: Os transformistas fazem parte do grupo dos crossdressers e aqui são inclui os(as) drag-queens que apresentam um visual feminino exagerado e extravagante, embora alguns sequer raspem o bigode ou a barba. DRAG é o acrônimo de “DRessed as A Girl”. O transformismo ocorre com frequência no teatro ocidental e também no kabuki, o tradicional teatro japonês e não tem, necessariamente, relação com a orientação sexual. No Japão homens homossexuais ou heterossexuais se travestem de gueixa e trabalham como atendentes em sunakos (casas noturnas) especializados.

Obs. 4: Transexuais são indivíduos que apresentam uma identidade de gênero oposta à de seu corpo físico. São indivíduos XY, com todas as características físicas de homem, que se consideram mulheres e indivíduos XX, com todas as características físicas de mulher que se consideram homens. Já foram descritos como “homens presos em corpos de mulheres” e “mulheres presas em corpos de homens”, embora esta colocação não seja aceita por muitos membros da comunidade transexual e também fora dela.

Obs. 5: Os assexuados: Existem pessoas que não sentem desejo sexual. Vivem sem atividade sexual e não têm atração sexual por nenhum gênero. Eles são denominados assexuados e não devem ser confundidos com pessoas que apresentam, por exemplo, baixa libido ou aversão ao sexo causada por algum trauma.